A preocupação com a febre maculosa ganhou evidência após o registro de que quatro pessoas estavam em um evento na cidade de Campinas (SP) foram contaminadas e morreram. Até o dia 20 de junho, 17 pessoas que estiveram na Fazenda Santa Margarida apresentaram sintomas de febre maculosa.
Em vista da gravidade da situação, a Prefeitura de Campinas, iniciou na última semana o inventário da população de capivaras em três parques públicos da cidade. O levantamento tem como objetivo estimar a população de capivaras a fim de subsidiar uma solicitação à Secretaria Estadual de Meio Ambiente para manejo e esterilização dos animais.
Tendo em vista que as capivaras têm importante participação no ciclo de transmissão da febre maculosa, e esses animais podem ser amplificadores das bactérias riquétsias, assim como transportadores dos carrapatos potencialmente infectados.
Um projeto da PUC-Campinas estuda a castração de capivaras nos parques públicos de Campinas. A iniciativa é uma possibilidade no combate à febre maculosa, a partir da redução do nascimento de novos filhotes do roedor e, consequentemente, limitar a manutenção da bactéria que contamina o carrapato, principal transmissor da doença.
Confira o que é, como transmite e os modos de transmissão da febre maculosa.
DESCRIÇÃO
A febre maculosa, denominação utilizada para as riquetsioses no Brasil, é uma doença infecciosa febril aguda causada por riquétsias transmitidas por carrapatos, de gravidade variável, que pode cursar com formas leves e atípicas, até formas graves com elevada taxa de letalidade.
A febre maculosa e outras riquetsioses têm sido registradas em áreas rurais e urbanas do Brasil, a maior concentração de casos é verificada nas Regiões Sudeste e Sul, onde, de maneira geral, ocorre de forma esporádica. A doença acomete a população economicamente ativa (20 a 49 anos), principalmente homens, que relataram a exposição a carrapatos, animais domésticos e/ou silvestres ou frequentaram ambiente de mata, rio ou cachoeira.
VETORES
No Brasil, os principais vetores e reservatórios são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (A. cajennense), A. aureolatum e A. ovale.
MODO DE TRANSMISSÃO
Nos humanos, a febre maculosa é adquirida pela picada do carrapato infectado com riquétsias, e a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Por ser uma doença sistêmica, a febre maculosa pode apresentar um curso clínico variável, desde quadros clássicos a formas atípicas sem exantema.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
De 2 a 14 dias.
DIAGNÓSTICO
O Método sorológico é o mais utilizado para o diagnóstico das riquetsioses (padrão-ouro). Em geral, os anticorpos são detectados a partir do sétimo até o décimo dia de doença.
TRATAMENTO
O sucesso do tratamento, com consequente redução da letalidade potencialmente associada à febre maculosa, está diretamente relacionado à precocidade de sua introdução e à especificidade do antimicrobiano prescrito
Ficou curioso e que saber um pouco mais, acesse o GUIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Acesse pelo link: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_5ed_rev_atual.pdf
Texto por Pedro Presta Dias, Náthali Abreu e Matheus Ponte
Referências
G1 Campinas e região
G1 Vale do Paraíba e Região
Jornal Estado de Minas
Saúde IG
Ministério da Saúde
Acesse em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_5ed_rev_atual.pdf