A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença infecciosa aguda causada pelo poliovírus (sorotipos 1, 2, 3), que pode infectar crianças e adultos pela via fecal-oral (contato direto com fezes ou secreções expelidas da boca do infectado). Pode ou não causar paralisia.
A multiplicação desse vírus começa na garganta ou nos intestinos, por onde penetra no organismo. Dali, alcança a corrente sanguínea e pode atingir o cérebro. Quando a infecção ataca o sistema nervoso, destrói os neurônios motores e provoca paralisia flácida dos membros inferiores ou superiores. Se as células dos centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e da deglutição forem infectadas, a doença pode ser mortal. O período de incubação varia de 5 a 35 dias, com mais frequência entre 7 e 14 dias.
Existem duas vacinas contra a poliomielite: a VPO (vacina pólio oral) ou Sabin, também conhecida por ser a vacina da gotinha; e a VIP (vacina inativada pólio) ou Salk, administrada por via intramuscular.
Sintomas
A grande maioria dos casos é assintomática mas, quando ocorrem, são: febre, mal-estar, dores de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez na nuca e meningite.
Tratamento
Tratamento sintomático da dor, da febre e dos problemas urinários e intestinais;
Atendimento hospitalar nos casos de paralisia ou de alteração respiratória; Repouso absoluto nos primeiros dias;
Medidas de prevenção:
Saneamento básico;
Lavagem de mãos;
Lavar os alimentos para consumo com água potável;
Vacinação
Os casos de poliovírus selvagem diminuíram em mais de 99% desde 1988, quando foram estimados 350 mil casos em mais de 125 países endêmicos. Toda esta conquista se deve ao uso das vacinas e a realização de campanhas de imunização. Em 1994, a região das Américas foi a primeira no mundo a ser certificada como livre da pólio.
Até que a poliomielite seja erradicada do mundo (como foi o caso da varíola), existe o risco de que um país ou continente tenha casos importados e o vírus volte a circular em seu território. Para evitar isso, é importante manter uma alta taxa de vacinação e, entre outras medidas, realizar uma vigilância constante.
Texto por Náthali Abreu
Referências
Organização Pan-Americana de Saúde
Acesse em: https://www.paho.org/
Fiocruz
Acesse em: https://www.bio.fiocruz.br/
Ministério da Saúde
Acesse em: https://bvsms.saude.gov.br/