Uma comunidade colaborativa para ensino e aprendizado da linguaguem de prorgramação R

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Como tudo começou  | Conheça as criadoras da iniciativa  | Sobre o grupo | Como participar | Sobre a parceria | Contatos

O que é?

 Grupo de Estudos R é uma comunidade colaborativa que se reúne de forma periódica, síncrona e remota, oferecendo um ambiente inclusivo e dinâmico para o ensino e aprendizado da linguagem de programação R, especialmente voltada para a área de Saúde Pública. O diferencial do grupo é sua flexibilidade: cada participante pode entrar e sair conforme sua disponibilidade, sem a pressão de comparecer a todos os encontros.

Além dos encontros, temos um grupo no WhatsApp com quase 700 participantes que funciona como uma comunidade de ajuda, discussão e colaboração da Linguagem R. O grupo foi criado com o propósito de preencher uma lacuna no aprendizado prático de R para profissionais de saúde, combinando a experiência técnica com aplicações reais e relevantes para a saúde coletiva. 

Quando o grupo iniciou?

Era uma tarde de 14 de dezembro de 2020, em plena pandemia, quando as epidemiologistas Danielly Xavier e Laís Relvas se cruzaram nos corredores do PO700, edifício em Brasília onde funcionam diversos departamentos do Ministério da Saúde.

Em meio ao cenário de incertezas e desafios trazidos pela COVID-19, surgiu uma conversa sobre as dificuldades que as duas enfrentavam naquele momento na análise de dados em saúde. Disso, surgiu uma ideia: a possibilidade de criar uma comunidade dedicada ao ensino e ao uso da linguagem R para a análise de dados, com foco especial em mulheres. A ideia foi impulsionada por referências que ambas admiravam, como o trabalho do PyLadies e RLadies, grupos que promoviam cursos, eventos e encontros voltados para mulheres em tecnologia e programação. Àquela época, o grupo RLadies Brasília não existia e, inspiradas por esses movimentos, elas pensaram em organizar uma iniciativa que pudesse fortalecer mulheres na área de dados e no uso da Linguagem R.

Antes de avançar com a ideia, é interessante entender as semelhanças entre Danielly e Laís, as idealizadoras do grupo. Ambas são Sanitaristas, bacharelas em Saúde Coletiva, com uma trajetória bastante similar. Além de terem mesma graduação, ambas haviam cursado programas de residência multiprofissional em Atenção Básica e também tinham backgrounds acadêmicos na área de Epidemiologia: Danielly cursou mestrado pela Universidade de Brasília (UnB) e Laís pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As duas se conheceram em 2019, durante a terceira fase da seleção para o EpiSUS Avançado, o renomado Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde, onde Laís foi selecionada para a coorte de 2020-2022. 

Em 2020, quando o destino as reuniu novamente nos corredores do Ministério da Saúde, Laís estava em meio ao treinamento como Epidemiologista de Campo no EpiSUS, atuando na Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), enquanto Danielly trabalhava como Analista de Dados no Núcleo de Estatística e Avaliação do Departamento de Gestão do Trabalho em Saúde (DGTS) na Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (SGTES). Nesse encontro casual, as duas discutiram a importância de “propagar a mensagem do R”, principalmente entre mulheres profissionais de saúde mulheres e outras minorias no mundo da programação, e como poderiam contribuir para isso. 

No entanto Nesse contexto, três fatores fizeram com que a motivação ideia inicial de criar um RLadies se transformasse no que hoje é o “Grupo de Estudos R”:

  1. Os grupos RLadies exigiam um comprometimento que ambas não sabiam se conseguiriam sustentar, devido ao momento que estavam em suas carreiras profissionais e outras responsabilidades;
  2. O background em Saúde Pública poderia não ser abrangente o suficiente para atender a interesses da comunidade interessada no R. Entretanto, era evidente que a falta de habilidades técnicas em análise de dados era uma lacuna significativa entre os profissionais de saúde, com os quais tinham maior proximidade. Com isso, direcionaram o foco para uma abordagem específica desse campo, visando suprir essa necessidade;
  3. Ao compartilharem a ideia com colegas, muitos homens profissionais de saúde também demonstraram interesse em participar, o que as levou a expandir a proposta para incluir qualquer pessoa, incentivando especialmente grupos minoritários e sub-representados na área de dados e tecnologia.

Dessa forma, nasceu o “Grupo de Estudos R”, com o objetivo de criar um espaço inclusivo e acessível para a aprendizagem da linguagem R, focada em Saúde Pública. Ao longo dos anos, o grupo amadureceu e se consolidou, acompanhando também o desenvolvimento profissional de suas idealizadoras.

Desde 2020, as idealizadoras amadureceram muito profissionalmente! Danielly se tornou especialista em Ciência de Dados, é mestra em Medicina Tropical e atualmente trabalha como Cientista de Dados Sênior na Afya. Laís seguiu carreira como epidemiologista de campo e consultora técnica. É mestra em Saúde Coletiva e atualmente trabalha na equipe de Análise de Dados da Unidade Técnica de Vigilância, Preparação e Resposta a Emergências e Desastres do Escritório da OPAS/OMS no Brasil. Ambas concordam que o aprendizado da Linguagem R foi um “divisor de águas” em suas carreiras, ajudando-as a crescer em suas trajetórias. 

Conheça as criadoras da iniciativa

Danielly xavier

Mestra em Medicina Tropical com ênfase em Epidemiologia das Doenças Infecciosas e Parasitárias, MBA em Data Science e Analytics, especialista em Ciência de Dados e Big Data, especialista em Arquitetura de Software, Ciência de dados e Cybersecurity, especialista em Atenção Básica. É bacharel em Saúde Coletiva e tecnóloga em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Foi residente do Hospital Universitário de Brasília, Assistente de projetos na Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo e Analista de Dados no Ministério da Saúde. Atualmente, é Cientista de Dados na Afya. 

Laís Relvas

Sanitarista (UFRJ, 2013) epidemiologista (Mestrado/IMS/UERJ, 2019; EpiSUS Avançado/DESASTE/SVS/MS, 2021) com experiência em vigilância em saúde, análise de dados e resposta a emergências em saúde pública, além de pesquisa e gestão do SUS. Atualmente trabalha como assessora na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde (SAES/MS). Trabalhou como consultora técnica para a equipe de Emergências, Evidência e Inteligência em Saúde da OPAS/OMS e para o Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (DAENT/SVSA/MS). Também atuou como gerente de Atenção à Saúde no município de Dias D’ávila (BA) e como Apoiadora institucional da Atenção Básica no município de Camaçari (BA). É especialista em Preceptoria no SUS (IEP – Hospital Sírio Libanês, 2017) e em Saúde da Família (residência FESF-SUS/FIOCRUZ-BA, 2017). Possui interesse em trabalhar com análise de dados assistenciais para programação de oferta, estatística aplicada à saúde pública, vigilância em saúde no contexto de emergências (surtos, desastres, climáticas, desassistência) e com preparação e resposta para emergências em saúde pública (especialmente com atividades de campo).

Qual o objetivo principal?

O objetivo principal do Grupo de Estudos R é ajudar profissionais e estudantes de saúde a dominarem a linguagem R, focando em suas aplicações práticas no campo da Saúde Pública, Epidemiologia e Vigilância em Saúde

A proposta vai além da exposição, criando um espaço para a troca de experiências, onde o conhecimento flui de forma colaborativa, permitindo que os participantes construam uma base sólida em R enquanto se conectam com outros profissionais da área. O grupo tem um forte caráter de inclusão, visando democratizar o acesso a ferramentas estatísticas e computacionais para resolver problemas do cotidiano na saúde.

Quem faz parte desse grupo?

O Grupo de Estudos R é gratuito e aberto a todos que desejam aprender ou aprimorar suas habilidades em análise de dados utilizando a Linguagem R. Embora qualquer pessoa possa participar, o grupo tem um apelo especial para profissionais de Saúde Coletiva, Epidemiologia e Vigilância em Saúde, que são fortemente incentivados a se juntar. Atualmente, somos 684 membros no Grupo do WhatsApp. A diversidade de backgrounds entre os membros é uma das grandes forças do grupo: estudantes, pesquisadores e profissionais experientes encontram um espaço para compartilhar seus conhecimentos, aprender com os outros e aplicar o que sabem em contextos reais. 

Quais as principais atividades?

O grupo realiza encontros semanais, organizados em ciclos de aprendizado. Cada ciclo aborda um conjunto de tópicos específicos, permitindo que os participantes evoluam em seus estudos conforme o interesse e a disponibilidade. Até agora, foram oferecidos dois grandes ciclos de estudo:

  • Ciclo Básico de Introdução ao R: focado em ensinar os fundamentos da linguagem R, incluindo importação de dados, pré-processamento e visualização de informações, essenciais para quem está começando.
  • Ciclo Intermediário de Bioestatística com R: voltado para quem já possui alguma familiaridade com R, abordando conceitos mais avançados, como testes de hipótese, intervalos de confiança e análise de regressão linear, aplicados diretamente em contextos de Saúde Pública.

O grupo já realizou quatro versões, e cada encontro é cuidadosamente planejado para que os participantes possam aprender de forma prática e interativa. 

Qual o material utilizado?

O material de referência adotado pelo grupo é o “Manual de R para Epidemiologistas”, um guia internacionalmente respeitado, traduzido e adaptado para a realidade dos profissionais brasileiros pela Applied Epi, uma organização sem fins lucrativos e um movimento de base composto por profissionais epidemiologistas que atuam na linha de frente de todo o mundo e dedicam seu tempo livre para oferecer recursos à comunidade de Saúde Pública. A escrita do manual contou com com o apoio da ProEpi, sendo que vários associados apoiaram, incluindo as instrutoras: Danielly representou a associação como revisora do material original e Laís fez parte da equipe de tradução para a versão brasileira em língua portuguesa. 

Como participar?

As lives do Grupo de Estudos R ocorrerão semanalmente, sempre às quintas-feiras, e serão gravadas. No entanto, é importante destacar que o principal objetivo do grupo sempre foi e continuará sendo a troca entre profissionais. Por isso, incentivamos fortemente que os participantes compareçam aos encontros síncronos, mesmo com a disponibilidade das gravações posteriormente. Por segurança, o link da reunião síncrona é disponibilizado no grupo do WhatsApp. 

Conteúdos em vídeo

Após cada encontro, as gravações serão disponibilizadas imediatamente no Portal de Associados da ProEpi para acesso exclusivo dos associados. 

Para o público em geral, as gravações ficarão disponíveis no YouTube da ProEpi, agrupadas em uma Playlist, após 90 dias, e poderá ser acessado aqui.

Todos os participantes podem se associar à ProEpi para ter acesso a esse e outros conteúdos exclusivos. Assistir as gravações não contará como presença para os encontros. 

Comunidade Grupo de Estudos R

O grupo do WhatsApp continuará ativo, e o acesso ao grupo deverá ser solicitado por meio de uma das redes sociais da ProEpi ou das líderes do projeto. Isso é feito para garantir que apenas pessoas reais possam entrar, evitando o ingresso de bots ou golpistas. 

Além disso, será criado um grupo e uma página no LinkedIn para divulgar os encontros e materiais de apoio. 

Também podem entrar em contato por e-mail para qualquer dúvida ou parceria: danielly.xavier@outlook.com 

Materiais de apoio

Manual de R para Epidemiologistas

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Drive com materiais

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Repositório GitHub

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Certificado anual

Para obter o certificado de participação, é necessário que o participante realize a inscrição em cada encontro síncrono na plataforma Zoom; compareça a, no mínimo, 70% dos encontros síncronos realizados no ano com o apoio da ProEpi; e realize pelo menos 3 dos 5 desafios que serão lançados durante o ano sobre o conteúdo. 

Os desafios serão problemas de Saúde Pública simulados com dados públicos que deverão ser respondidos em formulários de múltipla escolha com base no conteúdo dos encontros. 

O controle de presença será feito pela ProEpi, e a carga horária será calculada conforme a duração dos encontros, com valor padrão para todos, considerando a carga horária total anual. 

Sobre a parceria

A parceria foi estabelecida no início de 2025, após alguns ciclos de sucesso do Grupo de Estudos R. O aumento no número de participantes (quase 700 membros no grupo do WhatsApp) gerou novas demandas, especialmente em relação à divulgação e ao manejo das redes sociais, atividades que as líderes do grupo não conseguiam administrar sozinhas. Laís e Danielly, que já eram associadas da ProEpi há alguns anos, viram a parceria como uma evolução natural para suprir essas necessidades. 

Como e quando a parceria foi estabelecida

A parceria foi formalizada no início de 2025, com a ProEpi assumindo a responsabilidade por aspectos como organização, divulgação em redes sociais e gravação dos encontros. As líderes do “Grupo de Estudos R” continuam responsáveis pela criação de conteúdo e pelo material utilizado nos encontros.

Motivações que levaram à colaboração

A parceria foi impulsionada pela oportunidade de alinhar os valores do grupo com a comunidade vibrante da ProEpi. Outra motivação para a colaboração foi a necessidade de maior divulgação e organização profissional, algo que a ProEpi poderia oferecer, especialmente pela sua forte comunidade de epidemiologistas e profissionais de saúde pública. 

Objetivos e Benefícios da Parceria

A parceria vai permitir que os encontros sejam gravados e que os participantes recebam um certificado de participação com carga horária para que possam comprovar que já estiveram em um ambiente de estudos da Linguagem R, demandas antigas dos participantes do grupo.

 

Contatos

Para acompanhar a iniciativa:

Redes sociais da ProEpi

Dúvidas e propostas de colaboração:

Danielly Xavier – danielly.xavier@outlook.com