A resistência antimicrobiana representa uma ameaça à saúde humana. Você sabe o porquê?

Globalmente, houve cerca de 450.000 novos casos de rifampicina e tuberculose multirresistente em 2021. Em 2019, uma estimativa de 4.950.000 de mortes associadas à resistência antimicrobiana bacteriana. Além disso, infecções fúngicas invasivas estão crescendo ao redor do mundo, sendo os principais desafios sua gestão frente aos antifúngicos e a dificuldade no diagnóstico. 

Os países com renda média e baixa podem ser os mais desproporcionalmente afetados com uma maior taxa de mortalidade por infecções com organismos resistentes. 

Em 2015 a OMS lançou um Plano de Ação Global com foco na resistência antimicrobiana, tendo como objetivo mitigar o surgimento e transmissão de infecções resistentes. 

Embora a resistência antimicrobiana seja reconhecida como uma ameaça global que requer uma ação imediata, nos últimos seis anos pouco progresso tem sido feito no aumento da conscientização, no monitoramento do consumo de antimicrobianos, na implementação de programas de prevenção e controle de infecções e na otimização do uso de antimicrobianos em humanos.

A agenda global de pesquisa sobre resistência antimicrobiana prioriza 40 tópicos de pesquisa em 5 temas, a fim de identificar e priorizar os tópicos com maior impacto na mitigação da resistência antimicrobiana na saúde humana. A agenda de pesquisa também visa promover a investigação até 2030 – de acordo com o Cronograma dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – para acelerar o interesse científico e o investimento entre a comunidade científica e de financiadores sobre a epidemiologia e a carga de doenças infecciosas resistentes; sobre estratégias para prevenir infecções e o surgimento da resistência; como otimizar e entregar da melhor forma a países de média e baixa renda bem como diagnósticos otimizados e medicamentos antimicrobianos.

A lista atual de prioridades dos tópicos de pesquisa devem ser posteriormente traduzidos em propostas concretas e tangíveis com financiamento, mas também possíveis de serem implementadas em ambientes com recursos limitados.

Cada tema de pesquisa sobre a resistência antimicrobiana possui diversos tópicos dentro deles, caso queira conferir cada tópico você pode verificar no documento em anexo.

Confira os 5 temas prioritários na pesquisa sobre resistência antimicrobiana:

  • Prevenção: investigação do impacto, contribuição, utilidade de intervenções para a garantia de uma gestão segura da água, saneamento e higiene; identificação de medidas mais eficazes, viáveis nas estratégias multimodais de controle de infecção e prevenção. Monitoramento do efeito relativo aos seus componentes na redução de diferentes tipos de infecções associadas aos cuidados de saúde causadas por bactérias patógenas multirresistentes em ambientes geográficos e socioeconômicos; entre outros
  • Diagnóstico: investigar e avaliar testes de diagnóstico rápido no local de atendimento (incluindo testes baseados em biomarcadores) e algoritmos de diagnósticos para separar entre infecções bacterianas, virais e síndromes não infecciosas que são viáveis para uso em ambientes de recursos limitadas entre diferentes grupos populacionais (incluindo crianças e recém nascidos); entre outros.
  • Tratamento e cuidado: determinar métodos ideais (viáveis, precisos e econômicos) e métricas para monitorar o uso e consumo de antimicrobianos na comunidade e nas unidades de saúde bem como estabelecer metas apropriadas para monitorar o progresso na redução do uso e consumo inadequado de antimicrobianos; entre outros tópicos.
  • Transversalidade: investigar a prevalência, incidência, mortalidade e impacto socioeconômico das infecções adquiridas na comunidade e infecções associadas aos cuidados de saúde por patógenos bacterianos prioritários resistentes da OMS com dados segmentados por sexo, idade, status socioeconômico e por categoria populacional; entre outros tópicos.
  • Tuberculose resistente a medicamentos: investigar vacinas preventivas eficazes contra a tuberculose que atendam aos critérios da OMS e que demonstrem impacto na prevenção da infecção, doença e recorrência e, portanto prevenir ou reduzir a incidência da tuberculose resistente a medicamentos. 

Texto por Matheus Ponte

Referência

Fonte: World Health Organization. Global research agenda for antimicrobial resistance in human health. Acesse em: https://cdn.who.int/media/docs/default-source/antimicrobial-resistance/amr-spc-npm/who-global-research-agenda-for-amr-in-human-health—policy-brief.pdf?sfvrsn=f86aa073_4&download=true

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