As etapas da investigação de surto garantem que o trabalho será realizado com a maior eficácia possível, aumentando assim as chances de prevenção, minimizando possíveis danos e prevenindo surtos futuros.
Confira os 10 passos para a investigação de surtos
- A preparação para o trabalho de campo consiste em uma reunião prévia com todos os setores envolvidos, para definição dos papéis a serem desempenhados e definição de logística: meio de transporte, equipe, carga horária, biossegurança, materiais e equipamentos.
- Confirmar a existência de um surto: requer a descrição de algumas características – se é endêmico, se é emergente e se houve alguma mudança no sistema de saúde (laboratório, vigilância e política); determinar número de casos esperados e comparar com os observados e calcular taxas.
- Verificar o diagnóstico: consiste em entrevistar médicos e pacientes, revisar anotações médicas, realizar contra-prova de amostras, caracterizar o quadro clínico com o objetivo de identificar possíveis diagnósticos inconclusivos ou equivocados e erros de laboratório.
- Identificar e registrar casos serve para triar o maior número de casos suspeitos e excluir aqueles que não são casos com base na definição elaborada; verificar as características comuns e listar todos os casos.
- Organizar os dados por pessoa, tempo e lugar visa identificar em quem são as ocorrências: sexo, idade, escolaridade, raça etc (pessoa), quando foram os primeiros sintomas, quando ocorreu e quanto tempo durou (tempo) e onde foram os casos: cidade, estado, bairro etc (lugar).
- Formular hipóteses aqui deve-se tentar explicar o problema: como ocorreu e qual a causa, levando em consideração os guias de investigação disponíveis
- Testar as hipóteses consiste em observar os dados para demonstrar se os resultados obtidos estão associados ao evento ou se ocorreram ao acaso; aqui aceita-se ou rejeita-se a hipótese formulada.
- Aperfeiçoar as hipóteses e/ou estudos adicionais – se houver associação estatística as hipóteses precisam ser aperfeiçoadas e, se não houver, novas hipóteses precisam ser formuladas.
- Implementar e avaliar medidas de prevenção e controle – atuar na interação entre o hospedeiro e a exposição: vacinação, mudança de hábitos etc, além de controlar a procedência da infecção.
- Comunicar os resultados e apresentar as recomendações
Para saber mais, assista a aula da nossa sócia, Érika Rossetto, disponível aqui: YouTube. Ela aborda desde os aspectos mais gerais até os objetivos específicos da preparação para o trabalho de campo. No canal do YouTube da ProEpi há outras aulas disponíveis acerca do tema. Acesse!
Fonte
Rede CIEVS
Rede ProEpi