Há pouco menos de um ano, mais precisamente em outubro de 2021, São Tomé e Príncipe dava um importante passo na estruturação das ações de vigilância epidemiológica em seu território, iniciando a primeira coorte do Programa de Treinamento em Epidemiologia de Terreno (EpiSTP).
Cercado de muita expectativa, a coorte iniciou com 16 treinandos de diferentes áreas do conhecimento, integrando saúde humana, saúde animal e agricultura. Destes, 13 concluíram a formação e tornaram-se os primeiros Epidemiologistas de Campo de São Tomé e Príncipe.
O programa vem se estruturando e procurando criar sustentabilidade e em junho de 2022 teve início a segunda coorte, contando com mais 16 treinandos de diferentes áreas.
Em 2022, começou a segunda turma do EpiSTP e durante o período de 01 a 12 de agosto está ocorrendo a segunda oficina, onde contamos com apresentação dos trabalhos desenvolvidos durante o intervalo de campo, sob a orientação dos tutores.
Importante destacar a formação de tutores locais nesta etapa do treinamento. Atualmente contamos com dois tutores de São Tomé e Príncipe que estão em treinamento, e vem desenvolvendo atividades de acompanhamento dos treinandos em campo.
Espera-se que o Programa resulte na formação de uma rede de epidemiologistas de campo, na integração entre saúde humana e animal, no melhor uso de dados para tomada de decisão em saúde pública e em investigações melhores e mais frequentes de casos e surtos.
A rede tem um importante papel neste processo, principalmente na integração e disponibilização de tutores, aqui destacamos Guiné Bissau e Moçambique que contribuíram com a liberação de seus profissionais para atuarem como tutores em países irmãos do continente e língua.
Fortalecer parcerias é fundamental para o programa, e nisto podemos destacar as parcerias construídas pela nossa rede com o Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe, por meio da Direção de Cuidados de Saúde e do Departamento de Vigilância Epidemiológica, o Banco Mundial, por meio da Agência Fiduciária de Administração de Projetos (Afap), a Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Embaixada do Brasil em São Tomé e Príncipe, Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC Atlanta) e do Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) em São Tomé e Príncipe e a Vital Strategies, além do trabalho e dedicação da nossa equipe de tutores e voluntários.
Fortalecer a saúde pública, esse também é o meu propósito,achei maravilhoso o trabalho que vocês fizeram, quero ser Epi, não tenho muita experiência mais tenho vontade de aprender.