Para a epidemiologia, o rastreamento de contatos é a identificação de todas as pessoas que tiveram contato com um indivíduo infectado com determinada doença.
Essa estratégia busca detectar e monitorar os contatos sociais, familiares e profissionais que tiveram contato com um caso confirmado objetivando controlar a transmissão, que é sustentada através da quarentena imediata. O rastreamento de contatos também permite que as áreas (ou eventos) de alto risco sejam identificadas e que sejam implementadas medidas preventivas; também facilita que os profissionais da saúde consigam caracterizar melhor a situação e consigam elaborar recomendações de saúde pública, garantindo a aplicação oportuna de contramedidas de resposta.
- O indivíduo infectado deve alertar os contatos sobre a possibilidade de infecção para que eles busquem, em uma unidade de saúde, informações e orientações sobre o que fazer.
A estratégia se destacou durante o combate à Covid-19, mas é utilizada para enfrentar outras doenças infecciosas.
Carnaval
Essa época festiva do ano atrai multidões para as ruas e pode turbinar a disseminação de infecções devido à proximidade das pessoas, grande circulação de partículas respiratórias, contato sexual desprotegido, compartilhamento de copos etc. Nessa época, além dos agentes etiológicos que já estão em circulação, também é necessário estar atento às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). As ISTs são contraídas durante a relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada. De acordo com o Ministério da Saúde, possuir alguma IST aumenta em até 18 vezes a chance de infecção pelo HIV, pois as infecções causam lesões nos órgãos genitais, que ficam ainda mais vulneráveis ao contato com secreções e sangue.
Nem sempre uma pessoa infectada apresenta sintomas e, às vezes, ela pode nem saber que está infectada. Prevenir é a melhor escolha!
- Um dos fatores indispensáveis que deve ser observado para o rastreamento de contatos é o período de transmissibilidade de uma doença. Trata-se do intervalo de tempo em que o agente etiológico (causador da doença: vírus, bactéria ou fungo) pode ser transmitido, de forma direta ou indireta, de um indivíduo infectado a um indivíduo saudável. Esse intervalo varia de acordo com os sintomas e gravidade da doença.
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Texto por Náthali Abreu
Fontes
Ministério da Saúde, 2021
Acesse em: https://www.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2021/04/Apresentacao-Estrategia-RASTREAR-OPAS-1.pdf
Veja Saúde, 2020
Acesse em:
Minsitério da Saúde, 2022
Acesse em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2020/fevereiro/vai-pular-carnaval-use-camisinha-e-previna-se-contra-infeccoes-sexualmente-transmissiveis