Frente à Emergência em Saúde Pública deflagrada em função das condições da população Yanomami, a Diretoria da PROEPI manifesta publicamente consternação com a situação em pauta.
Acreditamos que, para além de identificar os responsáveis por essa catástrofe, é hora de o Estado brasileiro voltar a assegurar a proteção de suas terras e seu povo, em especial as Populações Indígenas e demais Povos Tradicionais.
Faz parte das tarefas institucionais da PROEPI fomentar o uso da Epidemiologia no monitoramento e no alerta de riscos à saúde. Com isso buscamos capacitar os profissionais da Epidemiologia de Campo para subsidiar as autoridades responsáveis para as providências em relação à elaboração de Políticas Públicas, Planos de Mitigação de Riscos e de Contingência, entre outros, para os diversos agravos e doenças.
Isto posto, colocamo-nos à disposição dos diversos órgãos públicos para colaborar na busca por soluções efetivas para a proteção de todo cidadão brasileiro e de estrangeiros em território nacional, nos moldes do SUS, bem como através de colaborações com países de língua portuguesa em situação de vulnerabilidade.
Por fim, desejamos aos profissionais de saúde indígena e a todos os demais envolvidos nesse enfrentamento que tenham os insumos e condições de trabalho adequados para que sejam muito bem-sucedidos nesse resgate. Bem como “esperançamos” que a situação dos Yanomamis, agora evidente ao mundo, seja o alerta definitivo para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, das práticas de Vigilância em Saúde e Ambiente e do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.
Estamos à disposição para continuar colaborando com o poder público e demais associações relacionadas à saúde em todo território nacional e instituições congêneres em outros países.
Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo — ProEpi