Matéria por: Dárcio Vasconcellos, líder de comunicação do projeto em Cabo Verde.
O Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) e a Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi), com apoio das delegacias locais mapearam e mobilizaram associações, membros associativos e operadores ativos de terreno da ilha de Santiago, nomeadamente Santiago Sul e Santiago Norte.
Para Santiago Sul, a sessão aconteceu no dia 2 de julho na sala de reuniões do Instituto Nacional de Saúde Pública – cidade da Praia e as 31 lideranças foram dos seguintes municípios: São Domingos (3 lideranças), Praia (27 lideranças) e Ribeira Grande de Santiago (1 lideranças).
Por outro lado, em Santiago Norte, a sessão aconteceu no dia 3 de julho na sala de reuniões da Região Sanitária Santiago Norte e as 23 lideranças foram dos seguintes municípios: Tarrafal (3 lideranças), Santa Catarina (9 lideranças), Santa Cruz (5 lideranças), São Miguel (3 lideranças), São Salvador do Mundo (1 lideranças) e São Lourenço dos Órgãos (2 lideranças)
Trata-se de uma capacitação modular de 4 semanas em Vigilância Baseada em Eventos (VBE), bem como o início do teste do aplicativo Guardiões da Saúde no âmbito do projeto Guardiões da Saúde: Líderes Comunitários.
Dando a necessidade de uma maior abrangência do estudo a nível da região Santiago Norte, a equipa do projecto de Cabo Verde explicou que o INSP fez uma mapeamento cuidadoso, ou seja, identificando lideranças de diferentes pontos geográficos (incluindo associações de zonas rurais muitos distantes do espaço urbano.
A oficina arrancou com o módulo introdutório: Apresentação do projeto: Guardiões da Saúde, de seguida a Exposição dialogada com a Apresentação do Módulo 1 – Introdução a lideranças comunitárias que insta as associações e lideranças comunitárias a fortalecerem e desenvolverem uma maior atitude provocativa face às questões inerente de saúde, considerando a sua importância, seu papel nas comunidades numa lógica que para melhorar a condição de vida da população, toda a sociedade, as lideranças comunitárias e as instâncias de governo sejam corresponsáveis por essa construção e se apoiem de todas as formas, inclusive utilizando os benefícios da tecnologia, sempre que possível considerando o avanço das novas tecnologias de informação.
De seguida, resumidamente, o módulo 2 centralizou na exposição dialogada sobre a necessidade das lideranças amplificar as suas visões sobre a Vigilância em saúde nomeadamente, conhecer as abordagens da vigilância em saúde através da Vigilância Integrada da Doenças e Resposta (VIDR), conhecer e descrever os conceitos de vigilância baseada em indicadores, vigilância baseada em eventos e entender importância da abordagem “Uma Só Saúde” na vigilância em saúde.
Posto isso, seguiu o módulo 4, em que os participantes tiveram o contato com o aplicativo Guardiões da Saúde GDS, através dos seus dispositivos móveis. Para o teste foram analisados vários cenários de situações de rumores e possíveis eventos nas comunidades simulando informar sinais de alerta relacionados à saúde pública, considerando também que o aplicativo GDS demonstra que um sinal de alerta passa por várias situações no decorrer do processo, ou seja, informado, verificado, evento e monitorado.
De uma forma geral, com o objectivo estimular reflexões, contaremos com quatro etapas que serão contempladas em dois encontros presenciais e dois momentos virtuais, assíncronos, com as seguintes abordagens: Módulo Introdutório Apresentação da proposta, Módulo 1 Líderes e Fortalecimento Comunitário, Módulo 2 Contextualização e histórico da Vigilância em Saúde, Módulo 3 Conhecendo os fluxos e mecanismos de comunicação de informações em vigilância em saúde e Módulo 4 Ferramenta tecnológica e reporte de dados.
Na cidade da Praia, a Coordenadora do Projeto em Cabo Verde explicou que o projecto apresenta uma abordagem complementar às outras ações sistemas de vigilância existentes. Ou seja, Guardiões da Saúde está focada na comunidade pode melhorar o relacionamento entre a comunidade e o sistema de saúde, melhorando a comunicação ao levar em consideração o contexto local.
Aproveitou a ocasião para instar as associações a terem sempre em atenção a necessidade de promover atividades de promoção à saúde com as comunidades fornecendo informações sobre doenças, adoção de hábitos e comportamentos voltados ao bem-estar coletivo das comunidades.
Por outro lado, na sessão na cidade de Assomada , a Coordenadora do Projeto, Presidente do INSP e Diretora do Programa de Treinamento em Epidemiologia de Campo de Cabo Verde (EpiCV), Dra. Maria da Luz Lima Mendonça, acompanhado do Diretor da Região Sanitária Santiago Norte, Dr. João Batista Semedo, por agradecer à região Sanitária Santiago Norte pelo engajamento nesta fase, disponibilizando a região para acolher as lideranças.
De seguida, agradeceu o engajamento das lideranças e explicou a importância do envolvimento de cada um dos membros associativos e operadores ativos de terreno nesta fase de uso do aplicativo GDS. Outrossim, esclareceu que o objetivo do teste e uso do aplicativo é investigar a viabilidade do aplicativo na promoção da vigilância participativa de base comunitária em Cabo Verde, aliado ao avanço das novas tecnologias de informação.
Assim sendo, o projecto Guardiões da Saúde trata-se de um estudo a ser realizado em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde (INSP), a Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi) e a Sala de Situação de Saúde da Universidade de Brasília (SDS/UnB) e a UK Public Health Rapid Support Team (UK-PHRST).
Os participantes da equipa do projeto Guardiões da Saúde de Cabo Verde que marcaram presença na oficina foram:
- Diogo Dinis Afonso
- Isaac Carlos Rosário
- Dárcio Alberto Vasconcelos Ferreira
O projeto Guardiões da Saúde – Líderes Comunitários, em curso desde 2023, é uma parceria da ProEpi com a Sala de Situação de Saúde da Universidade de Brasília, o Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde e UK Public Health Rapid Support Team (UK-PHRST). O UK-PHRST é uma parceria inovadora entre a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido e a London School of Hygiene & Tropical Medicine, financiada com a ajuda do Ministério da Saúde e da Assistência Social do Reino Unido. As opiniões expressas neste estudo não são necessariamente as do Ministério da Saúde e da Assistência Social do Reino Unido.