No dia 17 de fevereiro, lideranças de regiões administrativas do Distrito Federal que compõem a Região Leste de Saúde participaram da oficina de desenvolvimento do aplicativo Guardiões da Saúde – Líderes Comunitários. Os líderes do Paranoá, Itapoã e São Sebastião avaliaram a versão inicial da ferramenta desenvolvida pelos pesquisadores do projeto que visa o desenvolvimento e avaliação de um sistema de vigilância baseada em eventos de base comunitária (VBE comunitária) tanto no Brasil como em Cabo Verde.
Durante a oficina realizada no Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá (CEDEP), as lideranças conheceram mais sobre o projeto e sobre a VBE comunitária compartilhando suas experiências e impressões com a equipe que coordenou as atividades. Foi destacada a importância da proposta para o levantamento e sistematização de dados sobre a situação de saúde local para a implementação de ações mais direcionadas, tomando como exemplo a atual epidemia de dengue na região. Outro ponto discutido foi o reconhecimento das ações já realizadas pelas lideranças e seu papel na orientação dos moradores para a melhoria da qualidade de vida em suas comunidades.
As avaliações dos participantes irão orientar as atualizações no aplicativo e também a etapa de implementação das ações de campo, que irão acontecer ainda neste primeiro semestre em municípios da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE). Há ainda a previsão de mais uma oficina de desenvolvimento no mês de março com novas lideranças para completar esse ciclo de avaliações e ajustes. O mesmo processo está em curso em Cabo Verde, onde estão sendo mobilizadas lideranças de diferentes regiões da Ilha de Santiago, uma das 10 que compõem o arquipélago.
O projeto Guardiões da Saúde-Líderes Comunitários, em curso desde 2023, é uma parceria da ProEpi com a Sala de Situação de Saúde da Universidade de Brasília, o Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde e UK Public Health Rapid Support Team (UK-PHRST). O UK-PHRST é uma parceria inovadora entre a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido e a London School of Hygiene & Tropical Medicine, financiada com a ajuda do Ministério da Saúde e da Assistência Social do Reino Unido. As opiniões expressas neste estudo não são necessariamente as do Ministério da Saúde e da Assistência Social do Reino Unido.
Texto por Mariana Ferreira Lopes