Na última semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado chamando a atenção para uma nova variante da Covid-19, a EG.5, também conhecida como variante Éris. Esta nova variante já foi identificada em 51 países e possui mutações que possibilitam a esta cepa um maior poder de transmissão e de escape imune. Por isso, é possível que, dada sua alta capacidade de transmissão, se torne a nova cepa predominante em circulação, substituindo a atual variante XBB.1.16(Arcturus).
Foi classificada, pela OMS, como “variante de interesse”; até o momento, apresenta risco baixo para a saúde e não há evidências de que sua gravidade seja maior do que a de variantes que já estão circulando a mais tempo, sendo desnecessária qualquer tipo de mobilização.
Identificada em outros países, a EG.5 teve seu primeiro registro no Brasil na última quinta (17), no Estado de São Paulo. Trata-se de uma paciente do sexo feminino, com 71 anos de idade. De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), a paciente já está curada e possui o esquema de vacinação completo.
O Ministério da Saúde relata que está em constante monitoramento e avaliação das evidências científicas mais atuais em nível internacional e o cenário epidemiológico da COVID-19. A pasta está atenta às informações sobre novas subvariantes e mantém contato permanente com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o cenário internacional.
A partir deste cenário a ProEpi recomenda que as autoridades das esferas municipais, estaduais e federais ajam para a prevenção de possíveis impactos que uma possível alta de hospitalizações possam ocorrer devido a variante EG.5.
Uma das principais medidas recomendadas é a vacinação, a atualização das doses de reforço são ações fundamentais no combate à COVID-19 e suas subvariantes. Apesar de ter sido decretada o fim da emergência em maio deste ano, ainda mantém-se a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2.
A ProEpi, como uma associação de profissionais que trabalham com a saúde pública, mantém-se atenta a quaisquer informações novas que possam surgir em consonância com organismos responsáveis pela saúde pública como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e o Ministério da Saúde (MS).
Reforçamos nosso compromisso com a saúde pública através da capacitação de profissionais, no fornecimento de informações úteis à sociedade e no apoio ao poder público em situações de emergência em saúde.
Juntos somos mais fortes.
Sérgio Beltrão
Presidente da Associação Brasileira de Epidemiologistas de Campo (ProEpi)
Com informações do Ministério da Saúde