4 passos para estruturar sua Sala de Situação de Saúde

O que são as SDS e por que são importantes?

As SDS, que podem ser locais físicos ou não,  auxiliam na análise de dados da situação da saúde, referentes a um determinado espaço geográfico e uma população definida (país, estado, município, distrito sanitário e até a área de abrangência de uma equipe de Saúde da Família),  em um período de tempo específico, subsidiando a tomada de decisão nas ações de rotina da Vigilância em Saúde (VS) e dos principais responsáveis pela gestão das estratégias de enfrentamento de emergências em Saúde Pública.

São objetivos das Salas de Situação de Saúde:

  • Planejar e avaliar as ações em saúde;
  • Apoiar a definição dos programas e políticas visando a melhoria da saúde;
  • Avaliar a qualidade e acesso aos serviços;
  • Apoiar as ações de rotina da Vigilância em Saúde;
  • Direcionar a resposta dos serviços de saúde em situações de emergência em saúde pública;
  • Difundir informação em saúde à comunidade.

Percebeu alguma situação em saúde em que a SDS vai ser necessária? Confira os 4 passos essenciais para implementar sua Sala de Situação em Saúde em sua localidade.

  1. Dispor de um espaço adequado;

É essencial um espaço adequado para apoiar a equipe e os equipamentos necessários para o trabalho na SDS. Alguns pontos principais a serem observados:

  • Sala ventilada e com iluminação adequada;
  • Acesso, no mínimo, a um computador e impressora;
  • Essencial acesso à internet para acesso à ferramentas on-line e bancos de dados;
  • Importante a presença de um mural para uma visualização completa de atribuições, demandas, pendências, informações importantes de serem visualizadas por toda a equipe. 
  • Instrumentos de comunicação como telefone (fixo ou móvel) e e-mail próprio da SDS.

2. Equipe capacitada;

Uma equipe multidisciplinar, diversa, vinda das mais diversas áreas do conhecimento contribui para uma visão mais ampla das problemáticas que serão enfrentadas pela Sala de Situação bem como na amplitude de soluções inovadoras. Porém, para uma SDS efetiva, alguns profissionais são essenciais:

  • Epidemiologistas;
  • Estatísticos;
  • Profissionais de Tecnologia de Informação;
  • Engenheiro de processos;
  • Profissionais de comunicação entre outros.

3. Estabelecer processos de trabalho para estruturação e gestão da SDS;

Com a equipe estabelecida é importante definir qual o papel de cada um, estabelecendo demandas, prazos e como fazer. Quando todos têm a clareza sobre o que devem fazer, como fazer e o que é esperado dos profissionais, a coordenação geral da equipe se torna mais otimizada, tornando o trabalho mais fluido e colaborativo.  Aqui são algumas ferramentas para te ajudar a organizar seus processos de trabalho:

  • Metodologia ágil:
  • Planejamento estratégico: 
  • Procedimentos Operacionais Padrão (POP);
  • Ferramentas de mapeamento de processos (Bussiness Process Manegement)
  • Ferramentas de gerenciamento de tarefas (Trello, Looker Studio);
  • Ferramentas de comunicação entre a equipe (WhatsApp, Telegram, Slack)
  • Ferramentas para coletar, analisar, visualizar e monitorar dados;
  • Ferramenta de gerenciamento de referências.

4. Escolha de instrumentos para resposta frente à epidemias/ emergências em saúde pública

  • Criação de um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) (Mobilização e tomada de decisões);
  • Preparação e resposta à surtos e epidemias (investigação da ocorrência);
  • Criação de um Plano de contingência; (Resposta à ocorrência);
  • Comunicação de risco (Informar, prestar contas, educar).

Ao se municiar de uma equipe capacitada, de ferramentas de gestão e organização eficazes; de instrumentos capazes de mobilizar, investigar, responder de forma eficaz e se comunicar com clareza, a Sala de Situação desempenha um papel fundamental ao fornecer ao poder público informações e dados essenciais para a tomada de decisões certeiras na mitigação de emergências em saúde.

Gostou do conteúdo? Confira o Guia Completo “Estruturação de Salas de Situação de Saúde” em nossa Central de Recursos! O documento foi elaborado durante a  força-tarefa TiLS Covid-19, uma parceria da ProEpi com a Sala de Situação em Saúde da Universidade de Brasília e com financiamento da Skoll Foundation.

Confira o documento em nossa Central de Recursos, acesse pelo link: https://proepi.org.br/download/estruturacao-de-salas-de-situacao-de-saude/#

Também temos o curso livre “Sala de Situação” em nossa plataforma de cursos. Nele você conhecerá as principais rotinas e atividades da vigilância de saúde, aprenderá a realizar coletas, análises e interpretações de dados epidemiológicos e ainda criar e gerir uma sala de situação. 

O curso possui carga horária de 30 horas e tem certificado de conclusão.

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Texto por Matheus Ponte

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